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Entre Genialidade e Significado: Lições de Nietzsche

  • Foto do escritor: Átila Valente
    Átila Valente
  • 17 de ago.
  • 2 min de leitura
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Na carreira, costumamos ouvir que “cada ser humano tem algo especial”. Faíscas de empatia e motivação brotam desse credo humanista, ele nos encoraja a buscar propósito, autoestima e autenticidade. Mas uma provocação surge do avesso: “Mentira! A genialidade é mágica, não material. Se você não a tem, desejo nenhum no mundo fará você tê-la.” Essa frase rejeita o potencial universal, lançando uma sombra determinista: genialidade não seria cultivável, mas um dom raro, inatingível por esforço ou vontade.


Esse debate atravessa séculos. Arthur Schopenhauer, por exemplo, definiu o verdadeiro gênio como alguém “nascido diferentemente” da multidão, uma criatura solitária, à margem do comum, dotada de uma visão intuitiva que jamais se aprende. Por outro lado, pensadores contemporâneos como Carol Dweck acreditam na força do crescimento: para ela, habilidades podem ser moldadas por esforço, resiliência e aprendizado ao longo da vida. De que lado você está?


O livro “Resgate Sua Carreira” nos convida a repensar a obsessão pelo extraordinário, especialmente através dos olhos de Friedrich Nietzsche. Para Nietzsche, não há valor real em seguir caminhos já demarcados ou buscar aceitação em padrões impostos pela sociedade. A sua proposta é radical: “Torne-se quem você é.” Nesse convite, a genialidade deixa de ser privilégio dos escolhidos e se transforma num processo de autoria, a coragem de criar a própria rota, mesmo sem prometer brilho ou fama.


Nietzsche não nega que poucos serão Mozart, mas desafia a ideia de que o extraordinário só vive nos holofotes. Para ele, cada pessoa pode se reinventar, superar a si mesma e dar sentido ao que vive, esse é o verdadeiro gesto de potência. Se a genialidade é rara, o significado é universal: encontrar propósito naquilo que fazemos, mesmo longe do estrelato, é uma forma profunda de existência criativa.


No mundo profissional, isso se traduz em descobrir alegria em construir, cuidar, colaborar, aprender. Muitos sustentam o universo em silêncio e isso também é genial, como lembra o capítulo “Criando Seu Próprio Caminho”. Não há vergonha em ser um elo, uma raiz, uma presença, em vez de uma supernova.


Portanto, talvez nossa missão não seja buscar a genialidade mítica, mas o sentido vivido. A cada dia, nas pequenas ações, podemos exercer nossa autoria: transformar a rotina em potência, o medo em movimento, a dúvida em criação. A genialidade pode ser rara. O significado, porém, está ao alcance de todos e é isso que nos faz insubstituíveis.

No fim das contas, enquanto alguns brilham intensamente, outros sustentam o mundo com dignidade. E essa contribuição silenciosa, consciente e autêntica, como ensinam Nietzsche e outros filósofos do livro, é a verdadeira centelha do ser humano.

 
 
 

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Copyright © 2025 Átila Valente Abeilice.  ISBN 978-65-01-40280-2. 

Livro disponível no formato digital. Todos os direitos desta obra são reservados ao autor. Nenhuma parte deste livro poderá ser reproduzida, armazenada em sistema de recuperação, ou transmitida, de qualquer forma ou por qualquer meio, eletrônico, mecânico, fotocópia, gravação ou outros, sem a prévia autorização, por escrito, do titular dos direitos autorais. Imagens ilustrativas, desenvolvidas por IA.

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